terça-feira, 22 de março de 2011

Sex Gang Children



“Karma Karma Karma Karma Karma Chameleon
You come and go
You come and go
Loving would be easy if your colours were like my dream
Red, gold and green
Red, gold and greeeeeeeeen”
Ahhhhhh você não resistiu e cantou né...?? iiiiiiiiiiiiiii será que você é??
Acalme-se!! É só um efeito que hits do Boy George causam!

Boy George, mundialmente conhecido, é George Alan O’Dowd, nascido em 14 de junho de 1961 – Londres, Inglaterra. Trabalhava como Dj e sempre teve um “visu” nada convencional, e quando menciono: “nada convencional”,  não o comparo a pobres mortais, você e eu, e sim ao grupo de sua convivência na época: músicos alternativos e transvestidos. IMAGINEM!!
Era fã de David Bowie (havia alguma dúvida??); certeza que foi um dos artistas da época que muito se influenciou por Kraftwerk , não li nada sobre, falo com propriedade de SUPER FÃ. Conheci Meu Viadesco Favorito por Glauco (famosíssimo ilustrador em quadrinhos) que retratava como ninguém personagens “boêmios e problemáticos” da época. Doy Jorge, personagem inspirado em Boy George, vivia com uma seringa aplicada em seu nariz; Roqueiro Junkie e Malsucedido. Se minha amiga Rê Bordosa estivesse viva ela seria Amy Winehouse. CERTEZA!!
Ainda como Dj, em 1981, conheceu Malcolm McLaren, que o convidou a participar do grupo “Bow Wow Wow” logo acabou – 1982 forma com o baixista Michael Craig um grupo o “In Praise of Lemmings” mudando logo mais para “Sex Gang Children”, traduzindo ao pé do “ouvido” poderia ser: Pedofilia (MENTIRA!!), mas tiveram que adotar um outro nome porque foram perseguidos e acusados pela polêmica interpretação; com a entrada do baterista  Jon Moss e do guitarrista Roy Hay forma-se “Culture Club”.
 Culture Club ao lado de Tears for Fears (é tão gostoso soletrar né!), donos do sucesso - Woman in chainsssss – (AMO!!) e de Duran Duran  integraram o movimento New Romantic, estilo que mais sobressaiu na década de 80, uma recuperação e re-leitura do romantismo, na minha opinião a melhor definição: “futuristas”, sem sombra de dúvidas foi um movimento musical muitooooooooo comportamental. Você consegue pensar em anos 80 sem visualizar um “revival underground” de épocas passadas??? Vamos ser mais claros, você consegue não pensar nas ombreiras, no exagero de cores e brilhos, e nos figurinos “espaciais e andróginos” dos melhores clipes da década???!! Certeza que não!!!
Culture Club é considerada uma das maiores bandas New Wave dos anos 80.
Seus primeiros singles foram “White Boy" e “I’m Afraid Of Me", mas o grande sucesso foi com “Do You Really Want To Hurt Me”, tanto que fez  importante participação  na trilha do filme “Afinados no amor (1998)” que inspira o personagem George (uma mistura de Boy George e Pete Burns - da banda Dead Or Alive  - mais conhecido pelas cirurgias plásticas nos lábios que não deram certo), “cantor substituto” do personagem de Adam Sandler , os dois animam festas de casamento e toda vez que George da uma palhinha interpreta “Do You Really want To Hurt Me” – durante todo o filme rola essa palhinha (kkkkkkkkkkkk); se você não assistiu ao filme vá correndo conferir esse clássico da sessão da tarde. O primeiro álbum “Kissing to Be Clever(1982)” se tornou um sucesso, e seguidamente vieram: Colour by Numbers (1983); Waaking Up With the House on Fire (1984); From Luxury to Heartache (1986); Don't Mind if I Do (1999). Colour by Numbers foi um sucesso em vendagem, melhor álbum da banda. “Karma Chameleon”, primeira do lado A, fez muita gente soltar a franga em discotecas; música de ritmo dançante, um “reggae refinado”, pra época. “Miss me Blind” ( Fã de Rockkkk vai me arrebentar), mas nessa música Roy Hay mostra sua guitarra, NADA VIADA, e deixa muito solo de famosos  no chinelo; merecia reconhecimento de uma galera ai (vou mandar o link para Eddie Trunk kkkkk). “That’s the Way (I’M Only Trying to Help You)” é um “Soul”, tem uma vibração comovente; Boy me surpreende com um timbre forte em perfeita sincronia com piano ao fundo. “Victims” pra encerrar o álbum, também é um sucesso, piano bem trabalhado e excelente Back Vocal nesse álbum Back é um diferencial. Boy George produziu e supervisionou diversos arranjos.
Os conflitos entre os integrantes e o grande problema de Boy com as drogas fizeram “Culture Club” ter vida curta. Boy passa a ter carreira solo onde lançou “Sold” com um super sucesso “Everything I Own”. O grupo tentou uma nova parceria, mas sem o destaque dos anos 80. 
Independente de álbum: "Mistoke Number 3" e "Love is Love", pop clássicas dos romantiquinhos e todas as outras fizeram muitos críticos engolir quando disseram que Boy e sua trupe venceriam pelo estilo e não pelo que poderiam produzir.     


Qual o limite de um homem na moda? Eu disse Homem?!

                                                     ANDROGINIA


   seu estilo "casual" era totalmente influenciado por elementos do "Soul e Reggae"

                                                  "SOUL" TOTALLLL

     as famosas trancinhas - uma homenagem ao reggae com ousadia "SUA CARA"

                                         Doy Jorge - Obrigada Glauquinho!!

                                              Culture Club - BOY?!!

                                                            Ousadia!!


Sugestão de músicas: That’s the Way (I’M Only Trying to Help You)” e Victims - Colour by Numbers (1983) - Culture Club


por Belly Inhã

quarta-feira, 16 de março de 2011

Clube da Luluzinha 2 - Terapia em Grupo



Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!


Texto referência: Martha Medeiros

Sugestão de música: Tanto Amar – Almanaque (1981) – Chico Buarque

por Kátia de Lolo Guilherme


terça-feira, 15 de março de 2011

Ode à Solidão



Minha amiga, minha eterna companheira
De todos os momentos
Ando pela noite, ando pelas ruas, pelos bares
O oco emocional que rasga a alma com seus dentes afiados pela desilusão

O mundo ao lado parece viver em outra sintonia
O descompasso existencial atira-me nesse labirinto solitário
Como uma criança jogada num matagal

Entre doses alcoólicas, nuvens de tabaco, risos alterados de pessoas ocas
O desejo gratuito e egoísta, de quem odeia tua mente
Pessoas descartáveis, pessoas frias

Caminhos incertos, inseguros
Minutos de êxtase, dias de corrosão espiritual
Onde tu andas, estarei contigo
Solidão, minha transloucada amante
Te devoro e te consumo

Apaziguo teu sono, curo tua ressaca
Curamos nossas feridas juntos
Mesmo que o resto deles a minha volta me ignore
E mesmo que me enoje deles todos
Adormeço com a certeza de que nunca irás me abandonar


Sugestão de música: Your Poison Throne – The Obsidian Conspiracy, 2010 - Nevermore


por Julio Verdi

segunda-feira, 14 de março de 2011

Na mesa de um bar!




É quando encontramos deliciosas comidas, gelada bebida e grandes amigas, segredos sem fim; cumplicidade sem nada em troca! Mulheres que amam demais, que por uma bela pedra preciosa de água-marinha, com grande afinidade ao rock, destrói um lindo presente! Aquela que abusa de um homem, e até a que se envolve com meio metro de loucura, ou dois metros de insanidade. Também temos a envergonhada do seu passado de escolhas erradas que fez. Quem é que nunca comprou uma roupa e pagou caro por ela e alguns dias depois a vê em liquidação??! As escolhas erradas da vida são assim: preços altos por escolhas que tempos depois vira liquidação, fazendo você comprar ou vender, por um preço inferior, apenas para livrar-se do tal “objeto” indesejado.
É na mesa de um bar que encontramos as mais belas mulheres, que por infelicidade de alguém, que não soube utilizar a palavra, transforma sua noite em terror, tirando do espelho seus piores fantasmas. Palavra essa: FEIA, opa, palavra muito forte, como diria a querida amiga intelectual. Como podemos ser feias?! Somos belas mulheres que no meio de tanta loucura, amores e insegurança buscamos somente a felicidade.
Mulheres essas que discutem na mesa de um bar, a educação de uma criança e até o mais íntimo desejo de seu coração.
É NA MESA DE UM BAR QUE DESCOBRIMOS O QUANTO SOMOS AMIGAS CUMPLICES COM UM ÚNICO IDEAL: “SER FELIZ”!

Sugestão de música: Medo de Amar - Nana Caymmi (2002) – Nana Caymmi


por Michele Freitas



sexta-feira, 11 de março de 2011

Estilosa e Espiritualizada da garganta aos pés!!


Florence + The Machine (pode ser Florence and The Machine), fico com a primeira grafia, tem mais a ver com a banda. Vocalista e compositora, a ruiva Florence Wilch, londrina de 24 anos, voz potenteeeee e franca, é isso mesmo, quase uma Franka Potente - Corra Lola, Corra. Ruiva talentosa é foda!  Sempre à frente. The Machine é a banda formada por músicos colaboradores e pra completar as informações do Wikipédia (é ótimo, tem tudo!), fiz questão de prestar atenção na informação gênero: Alternativo, Art Rock, Indie Pop, Pop Barroco, Soul, Neo Folk. Foi exatamente essa grande mistura de gêneros que tanto me prendeu atenção (já fico confusa em definir um), imagine com uma proposta dessas. A paixão de Florence em propagar misturas de crenças e etnias fica clara em suas composições, já sua banda traduz na escolha de cada instrumento. Lungs (traduzindo: pulmões) é seu primeiro álbum, foi lançado em julho de 2009; o clipe Dog Days Are Over Tive, primeira faixa da bolacha, é a prova viva disso! No clipe aparece Harpa Celta, Pratos e Tambores; não pense você que esses instrumentos foram colocados por uma questão de melodia/sonoridade e tal, longe disso....Muito Longe!! Eles traduzem as diversidades religiosas apresentando um conjunto de rituais. Pesquisando sobre cada um, resumidamente são: Harpa Celta – usada para celebrar a natureza. Tambor - com o objetivo de cultuar Deuses e como forma de agradecer a comida conseguida por meio da caça aos animais. Pratos (no vídeo eles estão com uma criança oriental) - realmente são muito utilizados em rituais para prosperidade na cultura oriental. O mais louco do clipe é a sua simplicidade: fundo branco, figurino que nos transportam em diversas épocas e tradições (nada que nunca tenha sido feito ou pensado), maquiagem forte -  utilizadas em tradicionais cultos, mas que não ofuscam o restante do cenário) e o enquadramento -  que não deixa você ter dimensão do espaço e mantém a personagem de Florence sempre em primeiro plano, e em determinados momentos  se abre para todos os elementos da cena – detalhe para as dançarinas ao fundo, que durante todo o filme acompanham com harmonia, na minha opinião: “meio anjos da guarda” em uma outra linguagem – Fantástico!. O resultado é um clipe cheio de detalhes muito interessantes e traduções a parte. Assim que o vi verifiquei de quem era a direção – não que eu entenda disso, mas quando se vê algo especial é necessário saber mais sobre o gênio (s): Georgie Greville e Geremy Jasper; foram eles que também dirigiram “Alive” do GoldFrapp – banda britânica de música eletrônica que também adora explorar diferentes culturas musicais; “Alive” também é um show a parte. Explicado! Dog Days Are Over Tive teve diversas indicações ao MTV Vídeo Music Awards nas categorias: Vídeo of the Year, Best Rock Vídeo, Best Art Direction and Best Cinematography levando o merecidíssimo - “Best Art Direction” (melhor direção de arte). Mas a proposta de Florence + The Machine não está em unir todas as crendices e rituais em um só clipe, mas em você apertar o play deixando rolar sem ter a mínima vontade de dar STOP. Cada faixa apresenta uma proposta totalmente diferente levando sua imaginação por diversas dimensões. É o que acontece quando você chega na quinta faixa e curte “Kiss With a Firt” com uma pegada mais roqueira e depois a oitava (deu uma vontade de falar a 2ª do lado B, seria mais ou menos esse o cálculo num total de 13 faixas, ainda terei esse Vinil) e se deixa levar pela tocante “Between Two Lungs”, já ouvi ela inumeras vezes em frente a minha janela acompanhada de um bom vinho e cada vez mais me aproximo do que seria a sensação exata da palavra liberdade....vontade de sair voando (a janela é grande!). Curiosidades a parte: “Between Two Lungs” é título do álbum que foi re-editado.

Florence pode ser uma espécie de bruxa da modernidade, mas com certeza ela é do bem!!

Rainha do Vintage
Uma roupa vintage é aquela peça do seu guarda-roupa (usada ou não) de outras épocas que você herdou da mamãe, mas se a sua não foi estilosa, procure um brechó e encontre várias. Mas a tendência, principalmente, na alta costura, tem sido os estilistas revisitarem antigos guarda-roupas e criarem roupas novas com cara de Vintage. Florence deve ter uma mãe estilosíssima e também é fã numero 1 dessa re-leitura da alta costura; não posso deixar de mencionar, uma apaixonada por moda sem forçar a barra. Ela consegue equilibrar perfeitamente sua vida nos palcos – quando se apresenta com um Chanel que você não consegue esquecer - e fora deles – vestida como uma típica britânica: desalinhada elegância com peças muito simples.

das passarelas para os palcos (ela adora isso)
alta costura (1)


(2)

exemplificando: "modelo" que você não consegue esquecer

fora dos palcos: Vintageeeeeeeeee!!!


a transparência e o curto na medida certa: deixa um ar romântico e sexy

a "desalinhada" elegância britânica

Sugestão de músicas:
Dog Days Are Over e Between Two Lungs - Lungs (2009) - Florence + The Machine 

por Belly Inhã

terça-feira, 1 de março de 2011

O que é isso meu povo?‏



O que é isso? Muitas vezes as pessoas ficam roxas de vontade de fazerem parte de uma “sociedade” ou de um grupo mais “in”. Muitas ficam vermelhas de raiva quando não conseguem. E aí, algumas, têm atitudes que comprovam ainda mais a sua total falta de atitude. Se perguntarmos pra ela por que esta usando esta pulseira, com certeza vai amarelar, no mesmo tom do acessório. Consciência meu povo! Consciência! Não estou fazendo nenhum tipo de apologia, com exceção ao excesso de expressão gratuita de personalidade, sem causa e sem conteúdo. O que é isso?


Sugestão de música: Times Like These - One By One (2002) - Foo Fighters

por Eduardo Melzi

Rei dos Membros...Mutilados


Em 1993, qualquer nova banda já era tachada de Grunge, ainda mais quando lançavam um disco como “Pablo Honey”, perpetuado pela pesada “Creep”, termo esse usado ao extremo nas letras e nomes de músicas da trupe de Seattle.
Inquietos, em 1995, lançam seu segundo álbum, o transitório “The Bends”, guitarras mais trabalhadas, linhas de melodias harmônicas, tirando todo receio de que Radiohead era uma banda grunge. Um termo nascia a partir daí: diferentes.
Num belo dia, em meados de junho de 1997, os pássaros cantaram, as flores abriram e o mundo sorriu para os Radioheads. A história da música agradeceu uma das maiores revoluções (ou evolução) do rock, o impressionante “Ok Computer”. Das brincadeiras de esconde-esconde no encarte até as magistrais “Paranoid Android, “No Surprises” e “Karma Police”, o álbum é uma sessão de acertos e originalidade, digno de comparações ao célebre álbum Branco dos Beatles.
E agora? Como revolucionar o já revolucionado? O introspectivo vocalista – Thom Yorke dava novos rumos a banda em suas entrevistas, frases como: “O rock morreu”, “Há mais beleza em ritmo do que em riffs” tomaram proporções canônicas para a imprensa especializada e bestiais aos fã.
Até que surgiu, em 2000, a controvérsia, o insano, o apedrejado “Kid A”. Assinando todos os comentários do inquieto vocalista, o disco flerta com a psicodelia, o electro e o Krautrock germânico. Desconstrutivo e semiótico, quanto mais aprofundado mais vazio ficavam as explicações sobre o disco. Numa ascendente criativa lançaram na sequência as sobras do disco, o meia-boca Amnesiac, de 2001.
Até então, eles já passaram pelo britpop, pelo legado grunge, a psicodelia e outros afins, mas não conseguiram o equilíbrio. Faltava às engrenagens se encontrarem, o ritmo com as guitarras, a desconstrução com a harmonia, nada muito complicado para o quinteto.
Hail to the Thief, de 2003, mostrou uma parcial volta às origens. “2+2=5” e “There, There” seriam ótimas canções para um lado B de “Ok Computer”.
Grandes revoluções começam de pequenos atos e, pensando nisso, o álbum seguinte se resumiria, seria o vórtex da banda. Antes das músicas, a inovação fora na distribuição, pelo site da banda, em 2007, foi permitido o download sob a seguinte afirmativa: “ Quer pagar  quanto?”. Se optasse pelo não pagamento, sem problemas, o álbum estaria a sua disposição em poucos cliques, mas depois da primeira audição você teria a certeza que um sentimento de culpa o tomaria por inteiro – não é mentira, aconteceu comigo.
Da ação a reação, “In Rainbows” foi o equilíbrio entre o sintético e orgânico, a amalgama de “Kid A” e “Ok Computer”. Álbum que rendeu a primeira passagem pelo Brasil em de março de 2009.
“King of the Limbs”, mais novo trabalho, com 8 faixas (ainda?!), é a nova aposta da banda. Do lançamento do clipe de” Lotus Flower” até a audição mais profunda passaram-se 2 semanas e neste período a sensação de amor e ódio era tênue, um fio de cabelo na navalha criativa da banda.
O que cortou foi a sonoridade das guitarras, resultando um disco monótono, baseado num math rock que não é muito a praia deles. O frenezi de Greenwood aparece em poucas músicas, ou melhor, aparece nas melhores músicas: “Little by Little” e “Separator”. Destaque fica ainda para a atuação de Thom Yorke no clipe, uma mistura de Iggy Pop e Ian Curtis, está bom, com um pouco de lambada também.
O “Rei dos membros” é imperfeito, de difícil digestão e está longe de ser uma unanimidade, por mais que você seja fã ou insista em ouvir o álbum, ele não figura entre as obras da banda – é o “Amnesiac” do “In Raibows”, se assim podemos falar, o disco diferente do igual mais fraco da banda, simplesmente complicado assim.

Leia ouvindo:
              Dry The Rain – Three Eps – Beta Band
              Reckoner – in Rainbows – Radiohead
              The Man-machine – The Man-machine - Kraftwerk


por Daniel Santos