sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dylan e o Grammy



Na noite de domingo, dia 13, aconteceu a 53ª edição do Grammy, maior premiação da música mundial. A premiação começou demonstrando que caminharia “diferenciada” dos padrões anteriores.
Eminem, um dos favoritos, com dez indicações levou pra casa somente duas – “melhor álbum de rap” – “melhor performance solo de rap”, nada que já não soubessemos;  Justin Bieber,o fenômeno adolescente era um dos indicados a abocanhar o prêmio de revelação do ano, que acabou sendo da  revelação do Jazz, Esperanza Spalding. Na minha humilde opinião, muito justo! Mas a festa da música também teve seu percurso normal quando premiou, “a nova rainha pop”; (pra mim não é!), Lady Gaga, muito esperada pelo fãs, levou: “ melhor álbum pop do ano (The Fame Monster)” – “melhor performance pop feminina” e “melhor videoclipe curto ( Bad Romance)”. O Grammy caminha com suas inumeras apresentações, menções honrosas e piadas que nunca consigo rir; quando é anunciado o que pra mim, é o prêmio mais interessante:  
Melhor álbum de rock – que foi para banda Muse (The Resistance); ainda não sei o que dizer e pensar, não apresentou a música título, que não gosto, e sim uma roupagem de call me (Blondie) – “Blondie Vs. Muse/Call Me Uprising, que me fez sentir vontade de ligar a vitrola e colocar o álbum da trilha do filme: Gigolô Americano, o qual possui a versão original.
O Grammy estava no meio quando Mick Jagger, em sua primeira participação, apresentou alguma coisa que não era Rock and roll; me pareceu perdido! Claro que alguma coisa na lenda do rock haveria de brilhar, e brilhou, seu terno era um charme!! No Twitter, logo após sua apresentação, o Dj de uma rádio postou – “pensei que isso fosse para os que estão realmente mortos...não para os mortos vivos. Descance em paz, Mick Jagger”, assustando os fãs de plantão. Ele viu o mesmo que eu!
Voltando ao Grammy! A noite começou a premiar o Pop-Country, e não parou mais:Lady Antebellum - “melhor música” – “melhor gravação” e “melhor álbum de country”. Mantendo esse clima as revelações do folk começaram a se apresentar: Mumford and Sons com a alegre e contagiante The Cave (dancei um monte na sala), e os rapazes estilosos do Avett Brothers. Foi com esse cenário - “country/folk” – que as cortinas se abriram para a entrada dele: Bob Dylan - rei do Folk! Coloquei a tv no volume máximo, “48-50”, não tenho problemas de audição, sou apenas apaixonada; foi quando ouvi um Bob Dylan mais rouco do que o normal, uma voz gasta e cansada. Deus salve meu Bob Dylan, pensei e chorei; ele cantava ” Maggie’s Farm” – pra mim um hino.
Como a voz áspera de sonoridade única pode se calar?! Foi quando meus pensamentos se voltaram a uma entrevista de anos atrás, quando ele esteve aqui, e que ele dizia: “estou entrando na meia-idade!!”
Espero que com a velhice sua voz só esteja ganhando maturidade e que durante sua apresentação ele tenha ficado emocionado demais.  

Eu termino repetindo: DEUS SALVE BOB DYLAN!   

Sugestão de música: Maggie’s Farm - Real Live (1984) - Bob Dylan

por Belly Inhã.   






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